Olho Seco
O olho seco é uma doença altamente prevalente na população, sendo que os seus sintomas podem variar de intensidade. Alguns pacientes apresentam quadros leves com sensação de areia, lacrimejamento e olho vermelho, mas em casos mais graves pode haver lesões na córnea gerando cicatrizes, acometimento visual e perda da qualidade de vida.
Definição
O olho seco é uma doença multifatorial em que ocorre a perda do equilíbrio do filme lacrimal, tanto pela redução na produção da lágrima, quanto pela evaporação mais rápida dessa. Isso leva a sintomas de olho vermelho, sensação de areia, queimação, lacrimejamento, dor, embaçamento visual e, em casos mais graves, cicatrizes.
Causas
Como dito anteriormente, normalmente há mais de uma causa para que a pessoa apresente olho seco. Há fatores hormonais (geralmente os sintomas são mais comuns em mulheres e pessoas mais velhas), ambientais (ambientes mais secos, grande tempo de exposição à telas), medicações (tanto medicações tomadas por boca, quanto tópicas), uso de lente de contato, doenças reumatológicas (como a síndrome de Sjogren), rosácea, alterações palpebrais e blefarite.
Diagnóstico
O diagnóstico é predominantemente clínico avaliando a história e exame oftalmológico do paciente, entretanto, hoje temos exames complementares que nos auxiliam.
No consultório, podem ser usados questionários e é feita a avaliação com colírios que mostram se há lesões na córnea causadas pela doença e o tempo que a lágrima consegue se manter íntegra (sendo o normal acima de 10 segundos).
Nos exames complementares, é possível avaliar a osmolaridade da lágrima (alterada em casos de olho seco) e avaliar as glândulas de meibômio que são responsáveis pela parte gordurosa da lágrima (meibografia).
Tratamento
O objetivo principal do tratamento é restaurar o equilíbrio da superfície ocular para que haja melhora dos sinais e sintomas causados pela doença. É necessário uma avaliação do oftalmologista para identificar os principais fatores causadores e fazer o tratamento individualizado para cada paciente.
O tratamento pode variar desde colírios lubrificantes, modificações ambientais, suplementação nutricional, medicações imunomoduladoras, tratamentos específicos para blefarite, lente de contato, oclusão do ponto lacrimal e aplicação de luz pulsada.
Dessa forma, é importante a avaliação individualizada para um tratamento mais efetivo e personalizado de acordo com a necessidade de cada paciente.