A ceratite é uma condição oftalmológica que causa inflamação na córnea, a parte transparente que recobre a íris e a pupila.
Embora seus sintomas possam variar de leves a graves, se não for tratada adequadamente, a condição pode trazer riscos sérios à visão, incluindo a formação de úlceras corneanas e até perda de visão.
Portanto, conhecer os riscos e agir de forma preventiva é essencial para evitar complicações futuras.
Acompanhe neste artigo!
O que é a ceratite e quais são as principais causas?
A ceratite ocorre devido à irritação ou inflamação da camada superficial da córnea, conhecida como epitélio, que funciona como a "pele" protetora da córnea.
A córnea é a lente externa do olho, responsável por cobrir a íris e a pupila.
Para garantir uma visão clara e sem distorções, é essencial que a córnea permaneça totalmente transparente.
Quando ocorre a ceratite ocular, a córnea fica inflamada, prejudicando a qualidade da visão.
Quais são os tipos de ceratite existentes?
Existem vários tipos de ceratite, que podem ser classificados de acordo com suas causas e características. Conheça abaixo as principais:
Ceratite infecciosa
Ceratite bacteriana: causada por infecções bacterianas, geralmente relacionadas ao uso inadequado de lentes de contato ou à falta de higiene;
Ceratite viral: provocada por vírus, como o vírus do herpes simples (HSV) ou o vírus da varicela-zoster;
Ceratite fúngica: resulta de infecções por fungos, geralmente após lesões oculares envolvendo matéria orgânica (como galhos de árvores);
Ceratite por Acanthamoeba: uma infecção parasitária rara, frequentemente associada ao uso de lentes de contato contaminadas por água, especialmente água de piscina ou torneira.
Ceratite não infecciosa
Ceratite traumática: ocorre após lesões oculares, como arranhões ou cortes na córnea, que podem resultar de objetos estranhos, como poeira ou partículas;
Ceratite actínica: causada por exposição intensa à luz ultravioleta, como a luz solar sem proteção adequada ou câmaras de bronzeamento;
Ceratite alérgica: decorre de reações alérgicas, geralmente associadas à conjuntivite alérgica;
Ceratite seca: causada pela falta de umidade nos olhos, muitas vezes associada à síndrome do olho seco ou a doenças como a síndrome de Sjögren.
Quais são os principais sintomas dessa condição?
Entre os sintomas mais comuns desta condição estão:
Dor ocular que pode variar de leve a intensa, dependendo da gravidade da inflamação;
Vermelhidão nos olhos;
Sensação de corpo estranho;
Visão embaçada;
Sensibilidade à luz (fotofobia);
Secreção variando de aquosa a espessa e purulenta;
Dificuldade em abrir os olhos;
Inchaço nas pálpebras.
Como realizamos o diagnóstico da ceratite?
Primeiramente, realizamos uma anamnese detalhada, fazendo perguntas sobre os sintomas apresentados, histórico de saúde ocular, uso de lentes de contato, traumas oculares recentes e histórico de infecções.
Em seguida, fazemos o exame ocular com a lâmpada de fenda, um microscópio especial que permite uma análise minuciosa da córnea, íris e outras estruturas do olho.
Para uma avaliação ainda mais detalhada, é comum utilizarmos também um corante chamado fluoresceína, que é aplicado no olho para destacar lesões na superfície da córnea.
Ademais, caso haja suspeita de ceratite infecciosa, podemos coletar uma amostra de tecido corneano para análise laboratorial, um procedimento conhecido como raspado corneano, que permite identificar se a infecção é causada por bactérias, fungos, vírus ou parasitas.
Como realizamos o tratamento dessa condição?
Se for causada por infecções bacterianas, geralmente prescrevemos colírios antibióticos para combater as bactérias.
Já em casos de ceratite viral, indicamos antivirais em forma de colírios ou comprimidos para controlar o vírus, como no caso do vírus do Herpes.
Para infecções fúngicas ou parasitárias, utilizamos antifúngicos e antiparasitários específicos.
Em casos de ceratite não infecciosa, como as causadas por trauma ou exposição à luz UV, o tratamento pode envolver colírios anti-inflamatórios ou lubrificantes oculares para aliviar a dor e a inflamação.
Lembramos que o tempo de recuperação dessa condição varia de acordo com a gravidade da inflamação e o tratamento utilizado.
Em casos mais leves, a recuperação pode ocorrer em algumas semanas.
Porém, em casos mais graves, o processo de recuperação pode ser prolongado, chegando a durar meses.
Dessa forma, o acompanhamento regular com a oftalmologista é essencial para garantir que o tratamento seja eficaz.
Como prevenir a ceratite?
Para prevenir a ceratite, é importante adotar medidas, como manter a higiene adequada das lentes de contato, evitar o uso prolongado e nunca dormir com elas.
No nosso blog, temos um artigo completo sobre os cuidados necessários ao usar lente de contato, acesse e saiba mais!
Também proteja os olhos da exposição excessiva à luz ultravioleta usando óculos de sol e evite o contato direto dos olhos com água contaminada, especialmente ao nadar.
Além disso, caso você tenha dúvidas ou perceba qualquer alteração nos seus olhos, marque uma consulta com a oftalmologista para uma avaliação especializada e evite complicações!