Se você está lidando com um excesso de secreção nos olhos, sabe muito bem como esse quadro pode ser incômodo.
Por isso, é importante estar ciente que essa condição pode ser um sinal de que algo não está bem com a saúde dos seus olhos.
A boa notícia é que há várias medidas que você pode tomar para tratar e aliviar esse sintoma.
Então, acompanhe esse artigo para conhecer as causas comuns do excesso de secreção ocular e entender como restaurar o conforto e preservar a sua saúde!
Como a secreção nos olhos se forma?
Temos algumas glândulas nos olhos que produzem substâncias para proteger as estruturas.
Assim, precisamos compreender que certo nível de secreção nos olhos é normal e importante para a saúde ocular. O problema está nos excessos.
As glândulas conjuntivais produzem muco que ajuda a manter a superfície do olho úmida e protegida contra partículas e microrganismos.
Além disso, as glândulas de Meibômio, localizadas nas pálpebras, produzem uma camada oleosa que evita a evaporação rápida das lágrimas.
Já as glândulas lacrimais produzem lágrimas que ajudam a lavar a superfície dos olhos, removendo partículas e mantendo-os lubrificados.
Então, durante o ato de piscar, o filme lacrimal se distribui pela superfície do olho, mantendo-o limpo e úmido.
Porém, durante o sono, a frequência de piscar diminui e a limpeza dos olhos é reduzida.
Como resultado, o muco, óleo e outras partículas se acumulam nos cantos dos olhos, formando a secreção ocular que é encontrada pela manhã.
Essa secreção é uma parte normal da função ocular e, geralmente, não é motivo de preocupação.
Mas se a secreção ocular for excessiva, mudar de cor ou consistência, ou for acompanhada por outros sintomas, pode ser um sinal de infecção ou outra condição ocular que requer atenção especializada.
O que pode provocar excesso de secreção nos olhos?
O excesso de secreção nos olhos pode ser provocado por diversas condições e fatores.
Entre as causas mais comuns, podemos destacar:
A conjuntivite, seja viral, bacteriana ou alérgica, é uma das causas mais frequentes de excesso de secreção ocular.
Ela causa inflamação da conjuntiva, levando a olhos vermelhos, irritados e com secreção abundante.
A blefarite é uma inflamação das pálpebras que pode resultar em secreção ocular.
Assim, ela ocorre quando as glândulas sebáceas na base dos cílios ficam bloqueadas, causando irritação e formação de crostas.
Ceratite
Infecção e inflamação da parte mais externa do olho, a córnea, que pode ser causada por fungos, bactérias, vírus ou protozoários, muitas vezes relacionada com o uso incorreto das lentes de contato.
A ceratite pode levar ao aumento da produção de remela que, nesse caso, pode ser mais aquosa ou mais espessa e de cor diferente do normal.
Uveíte
Consiste na inflamação da úvea, que corresponde à parte do olho formada pela íris, corpo ciliar e coróide.
Pode ocorrer devido a doenças infecciosas ou ser consequência de doenças autoimunes.
No caso da uveíte, apesar de raro, pode ocorrer aumento da secreção.
Paradoxalmente, o olho seco pode causar um aumento na produção de secreção ocular.
Isso acontece porque os olhos, em resposta à secura, produzem uma quantidade excessiva de muco.
Alergias
Reações alérgicas, como as causadas por pólen, poeira ou pelos de animais, podem provocar inflamação nos olhos e um aumento na produção de secreção.
Corpo estranho
A presença de um corpo estranho no olho, como poeira, areia ou uma pequena partícula, pode causar irritação e aumento na secreção como uma tentativa do olho de expelir o objeto.
Trauma ou lesão
Qualquer tipo de lesão ocular pode resultar em aumento da secreção como parte da resposta inflamatória do corpo.
Como realizamos o diagnóstico dessa condição?
Para diagnosticar a causa do excesso de secreção nos olhos, iremos analisar todos os sintomas apresentados pelo paciente, incluindo sinais como dor, vermelhidão, coceira nos olhos ou visão embaçada.
Também questionamos acerca do uso de lentes de contato, exposição a alérgenos, histórico de doenças oculares e condições sistêmicas.
Em seguida, realizaremos um exame físico dos olhos, observando a aparência externa deles e pálpebras em busca de sinais de inflamação, vermelhidão, inchaço e secreção.
Também utilizamos a lâmpada de fenda para visualizar a parte frontal do olho em alta resolução, permitindo observar a conjuntiva, a córnea, as pálpebras e o filme lacrimal em detalhe.
Ademais, se houver suspeita de infecções oculares, seja bacteriana, viral ou fúngica, podemos recolher uma amostra da secreção ocular para análise laboratorial, identificando o agente infeccioso específico e determinando o tratamento mais adequado.
Como tratamos o excesso de secreção nos olhos?
Para lidar com o excesso de secreção nos olhos, é essencial manter uma higiene ocular adequada.
Assim, limpe suavemente a área ocular com uma compressa limpa e morna várias vezes ao dia, especialmente ao acordar, quando a secreção tende a acumular-se.
O uso de colírios lubrificantes também pode ser benéfico para aliviar a irritação e remover o excesso de secreção.
Porém, atente-se a escolher produtos adequados para sua condição específica.
Entretanto, se a secreção nos olhos for acompanhada de sintomas como dor, vermelhidão intensa, visão embaçada ou sensibilidade à luz, reforçamos que uma consulta com a oftalmologista é imprescindível.
Como vimos acima, podemos diagnosticar a causa exata e prescrever o tratamento mais adequado, que pode incluir o uso de antiinflamatórios, antibióticos ou antifúngicos em forma de colírios, pomadas ou por via oral, garantindo alívio ao paciente.
Portanto, em caso de excesso de secreção nos olhos persistente ou atípico, entre em contato com a especialista em saúde dos olhos o quanto antes!