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Tracoma: conheça os principais sintomas



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O tracoma, uma infecção ocular causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, é uma das principais causas de cegueira evitável no mundo.


Embora seja mais comum em crianças, adultos também podem ser afetados, especialmente em regiões onde a doença é endêmica e as condições de saneamento são precárias.


Nem todas as pessoas que entram em contato com a bactéria desenvolvem a infecção.


Entretanto, sem tratamento adequado, o tracoma pode evoluir para complicações graves, como cicatrizes na córnea, que podem levar à perda permanente da visão.


O que é o tracoma?


O tracoma, também chamado de tracoma ocular, é um tipo de conjuntivite crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis.

Ele provoca uma inflamação na córnea e na conjuntiva, que são as partes dos olhos responsáveis pela proteção e lubrificação.


Essa condição é caracterizada por fases de infecção aguda, quando há sintomas e sinais evidentes, e fases assintomáticas.


A repetição dessas inflamações pode levar à formação de cicatrizes na parte interna da pálpebra.


Com o tempo, essas cicatrizes podem causar deformações que afetam a córnea, resultando em cegueira se não forem tratadas.


Como ocorre a transmissão dessa condição?


A transmissão do tracoma ocorre, principalmente, por meio do contato direto com secreções oculares, nasais ou salivares de pessoas infectadas.


Isso inclui o toque nos olhos após ter contato com essas secreções.


Além disso, o tracoma pode ser transmitido de maneira indireta, através de objetos contaminados, como toalhas, lenços, roupas ou utensílios compartilhados.


A doença é mais comum em áreas com condições precárias de higiene e saneamento básico, o que facilita a proliferação da bactéria Chlamydia trachomatis.


O contato com moscas que pousam nos olhos ou no rosto de pessoas infectadas também pode ser uma forma de transmissão, pois esses insetos podem carregar a bactéria e transferi-la para outras pessoas.


Por isso, o tracoma está frequentemente associado a práticas de higiene inadequadas e à falta de acesso à água limpa.


Quais são os sintomas dessa condição?


Os sintomas do tracoma variam de acordo com o estágio da infecção.


Nos estágios iniciais, os sinais podem ser leves e podem se assemelhar a uma conjuntivite comum.


Entretanto, conforme a doença progride, os sintomas se tornam mais graves.


Confira abaixo estão os principais sintomas do tracoma:


  • Irritação e vermelhidão nos olhos;

  • Secreção ocular;

  • Inchaço das pálpebras;

  • Sensibilidade à luz (fotofobia);

  • Olhos lacrimejantes;

  • Formação de cicatrizes na pálpebra;

  • Deformação da pálpebra e da córnea em estágios mais avançados;

  • Perda de visão, se não tratado adequadamente.



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Como realizamos o diagnóstico dessa condição?


Primeiramente, realizamos uma inspeção detalhada dos olhos, examinando as pálpebras, conjuntiva e córnea com a ajuda de uma lâmpada de fenda, um aparelho que permite uma visualização dessas estruturas.


Durante esse exame, buscamos por sinais típicos da doença, como vermelhidão, secreção, cicatrizes na parte interna das pálpebras, deformações das pálpebras e lesões na córnea.


Além do exame físico, investigamos se o paciente esteve em regiões onde o tracoma é comum ou se entrou em contato com pessoas que apresentaram sintomas semelhantes.


Em alguns casos, podemos aplicar um colírio de fluoresceína para destacar eventuais lesões na córnea causadas pela infecção, facilitando a visualização dessas áreas.


Embora o diagnóstico clínico normalmente seja suficiente, em situações específicas, podemos solicitar também testes laboratoriais.


Nesses casos, coletamos amostras de secreção ocular ou da conjuntiva para análise, a fim de confirmar a presença da bactéria Chlamydia trachomatis.


Qual o tratamento para o tracoma?


A abordagem mais comum é o uso de antibióticos.


Assim, costumamos administrar o medicamento em dose única, sendo que ele possui grande eficácia contra a bactéria Chlamydia trachomatis.


Em algumas situações, podemos prescrever uma pomada oftálmica como alternativa, especialmente quando o antibiótico não está disponível.


Porém, quando o tracoma atinge estágios avançados, em que há formação de cicatrizes na pálpebra ou deformação das pálpebras (entrópio), pode ser necessário realizar uma cirurgia corretiva.


Recomendamos a cirurgia para corrigir deformações nas pálpebras que aumentam o risco de cegueira para os pacientes.


O procedimento consiste em reposicionar a pálpebra para que os cílios não entrem em contato com o olho. 


Durante a cirurgia, fazemos uma incisão na pálpebra afetada e ajustamos a posição da margem da pálpebra, fixando-a de modo que os cílios fiquem voltados para fora, aliviando o desconforto e prevenindo danos adicionais à córnea.


A cirurgia de tracoma é simples e geralmente realizada com anestesia local. Após o procedimento, o paciente recebe orientações para o uso de antibióticos tópicos e cuidados com a área operada, e o tempo de recuperação costuma ser rápido. 


Essa intervenção é fundamental para evitar complicações mais graves e preservar a visão em pessoas que sofrem com os efeitos crônicos do tracoma.


Como prevenir o tracoma?


A prevenção do tracoma envolve, principalmente, a adoção de boas práticas de higiene, como lavar o rosto e as mãos regularmente.



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Nesse sentido, campanhas educativas sobre higiene e saneamento são importantes para limitar a disseminação da doença.


Evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas e lenços, também ajuda a reduzir a transmissão.


Já em áreas endêmicas, o controle de moscas, que podem transportar a bactéria, é essencial.


Além disso, caso você perceba qualquer sintoma relacionado ao tracoma, agende uma consulta com a especialista em saúde dos olhos o quanto antes e evite complicações!



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